quarta-feira, 17 de abril de 2013

A Nova Arena da Baixada !!!

O primeiro contrato de naming rights fechado para um estádio da Copa de 2014 deve ter impacto direto nas finanças da Arena da Baixada. Considerado acima das expectativas pelo mercado de marketing esportivo, o batismo da Fonte Nova pela cerveja Itaipava, ao custo de R$ 100 milhões divididos em dez anos, estabelece um parâmetro otimista para os acordos que os outros 11 estádios do Mundial tentam fechar. Mais do que isso, deve elevar na mesa de negociação a receita que o próprio Atlético projeta atingir com o nome do Caldeirão.
 
O projeto apresentado pela diretoria rubro-negra para obter financiamento da obra junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) dedica um capítulo à viabilidade econômica do estádio. A previsão é, até 2016, atingir uma receita anual de R$ 75,4 milhões com a Arena – em 2011, último ano de operação da Baixada, esta arrecadação foi de R$ 20 milhões. Parte desse salto é proporcionada pela ‘venda do nome’ (ou naming rights), de onde o Atlético pretende tirar R$ 4,5 milhões/anuais, com um contrato de 20 anos (R$ 90 milhões no total). Um valor agora sujeito a reajuste.
 
“Esse primeiro contrato vira referência. A Fonte Nova é maior, atende duas torcidas, tem tradição de casa cheia, portanto é natural que fature mais. Porém cria uma condição para o Atlético conseguir um montante maior. Tanto chegar a algo em torno de R$ 6 milhões por ano quanto conseguir um valor global maior por um prazo menor, de dez anos, por exemplo”, diz Fernando Trevisan, diretor da Trevisan Escola de Negócios.
 
O estudo apresentado ao BNDES foi elaborado pela consultoria BDO RCS. Trabalho coordenado por Amir Somoggi, hoje consultor independente de marketing e gestão esportiva. Ele diz ter sido conservador na projeção para a Baixada.
 
“Fiquei impressionado com o valor elevado pago pela Itaipava. Pelas projeções de mercado, em outros estádios o operador certamente fecharia até pela metade do preço. Abre-se uma nova perspectiva”, admite Somoggi.
 
Segundo o consultor, a parceria com a norte-americana AEG e a experiência do Atlético na gestão da Arena permitem ao clube explorar ao máximo essa nova perspectiva. Possibilidade de arrecadar mais que não se restringe a vender o nome da Baixada, que entre 2005 e 2008 foi cedido à Kyocera.
 
Os camarotes e assentos vips são outra fonte promissora. Antes da reforma, eram 992 lugares desse porte. A partir da conclusão, serão 8.348 – 20% da capacidade total. A previsão é, em 2016, faturar R$ 20,8 milhões anuais com esses espaços – 974% a mais que em 2011.
 
“Globalmente, camarotes e cadeiras premium correspondem a 15% dos lugares do estádio. A Arena está acima dessa média. É 20% do estádio que vai representar 50% do faturamento”, calcula Somoggi. “É uma política que atende à demanda de não elitizar o estádio. Você consegue manter o preço atual em determinados setores e entregar um serviço melhor”, complementa Trevisan.
 
A nova planilha do Sócio Furacão indica que, pelo menos por um tempo, o Atlético aplicará essa teoria. Por dois anos após a reabertura do estádio, o plano mais barato ficará congelado em R$ 70 para quem já era associado até dezembro do ano passado. Depois, haverá um reajuste.
 
A adesão ao programa de sócios é outra base do crescimento de receita que o Atlético projeta com a nova Arena da Baixada. Mesmo sem jogar na sua casa desde o ano passado, o clube mantém um quadro adimplente na casa de 14 mil torcedores. Até 2016, o Furacão projeta atrair, em média, 3,5 mil novos sócios por ano, o que levaria a um quadro de 35,9 mil associados e uma receita líquida de R$ 23,2 milhões.

 
Atlético projeta matchday similar ao faturamento de grandes da Itália e França
 
Dos R$ 75,4 milhões que o Atlético pretende arrecadar com a Arena em 2016, 75% devem vir de sócios, bilheteria e camarotes. Caso se confirme, o matchday (termo usado no mercado esportivo para definir as receitas ligadas a dia de jogo) apresentado ao BNDES é similar ao de duas das principais ligas europeias.
 
Pela cotação de sexta-feira, o matchday projetado pelo Rubro-Negro ficaria na casa de 24 milhões de euros anuais. É um valor equivalente ao arrecadado por clubes italianos e franceses com essa modalidade na temporada 2011/2012, segundo o Football Money League, ranking elaborado pela consultoria Deloitte. Décimo segundo clube mais rico do mundo, a Internazionale faturou 23,2 milhões de euros em “dia de jogo” no período; o Napoli, 15ª na lista, contabilizou 24,6 milhões de euros. Únicos franceses na relação, Olympique Marselha (16º) e Lyon (17º) embolsaram 18,1 e 17,7 milhões de euros com essa modalidade, respectivamente.
 
“O futebol brasileiro não só pode atingir esse patamar como até ultrapassar. Claro, será um faturamento muito diferente da ligas alemã, inglesa e espanhola, mas bem acima do atual”, projeta o consultor Amir Somoggi, autor do estudo apresentado pelo Atlético ao BNDES. Diretor da Trevisan Escola de Negócios, Fernando Trevisan atrela esse salto ao impacto do estádio. “O Arsenal inaugurou [o Emirates] em 2006 e desde então não foi campeão, mas aumentou seu faturamento a ponto de ter o maior matchday da Europa, superior a 50% da receita do clube. É o efeito estádio novo”, diz.
 
Matéria retirada de: www.blogdojj.com.br
 
Essa matéria só vem comprovar aquilo que nos Atleticanos já sabemos: o salto do Atlético com a Nova Arena será enorme. Para aqueles que ficam nos invejando, engulam !!! A Nova Arena da Baixada vai além da autossuficiência !!!

Saudações rubro-negras !!! E que Deus abençoe a todos !!! 

Leonardo Garcia Dias
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