segunda-feira, 15 de julho de 2013

Vai ter trabalho !!!


Foto: Site Oficial do CAP

Apresentado aos jogadores no sábado, no CT do Caju, Mancini teve um primeiro contato com jogadores, outros membros da comissão técnica e diretores. Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, ele afirmou que pretende implantar uma nova filosofia no Furacão. Para isso, ele destaca a importância da "voz do atleta". O técnico quer falar com todos os jogadores para entender a situação do time (que está na vice-lanterna do Brasileirão) e fazer as alterações necessárias:

- O mais importante é que os atletas entendam uma nova filosofia. Não estamos aqui para mudar radicalmente o clube. Mas é importante mudar aquilo que não vem dando certo. É para isso que o Atlético foi atrás de mim. Na verdade, o que a diretoria quer é um cara que chegue e que resolva o problema que está sendo enfrentado. Para isso, a gente precisa de todo mundo que faz o Atlético e principalmente da voz do atleta, para saber o que ele está sentindo - afirmou.
 
Para resolver os problemas do clube, Vagner Mancini já teve uma conversa com a diretoria sobre reforços. Ele admitiu que já existe "alguma coisa delineada", mas preferiu não comentar sobre quantas contratações seriam necessárias e para quais setores. O novo técnico também falou sobre a formação tática. Ele revelou preferência pelo 4-5-1 que era, justamente, a formação usada pelo antecessor dele, Ricardo Drubscky. Mas não descartou usar outros sistemas:

- Eu costumo utilizar mais o 4-5-1. Depende muito da característica de cada jogador. Em alguns momentos, é óbvio, você tem que ter uma alteração de sistema. Com calma, a gente vai ver o Atlético. Não adianta você ter um sistema que você gosta de usar se o atleta não gosta do sistema. Então, tudo tem que encaixar.

Na entrevista de dez minutos, Vagner Mancini fala ainda sobre os objetivos no Furacão no ano, o desequilíbrio do time (que tem 12 gols marcados e 13 gols sofridos no campeonato) e os últimos trabalhos dele.
 
GLOBOESPORTE.COM: O que você imagina para o Atlético? Tem condições de brigar na parte de cima da tabela?
 
Olha, eu acho que é um pouco cedo para que a gente fale alguma coisa nesse sentido. O mais importante é que o Atlético tem condições de melhorar sua performance, melhorar seu nível de jogo. É muito importante e já hoje eu comecei a falar com alguns atletas. Já falei de uma maneira geral. Daqui para frente, a gente vai entrar forte nesse sentido. É importante você captar informação do jogador também porque tem que ter alguma explicação. Minha missão agora é arrumar a equipe. Felizmente, a gente não está chegando a uma equipe desarrumada. Ela vem jogando bem, mas não tem conseguido resultados. Então, temos que entender o porquê. A partir daí, a gente vai elaborar qual a nossa meta. Mas é importante dizer que o Atlético tem condições de se colocar melhor na tabela. É em cima disso que nós vamos iniciar.
 
Sobre o Atlético ter 12 gols marcados, mas também 13 gols sofridos, é possível melhorar na defesa mantendo a força ofensiva?
 
Normalmente, quando uma equipe faz muitos gols, ela também oferece ao adversário a chance de fazer. Você tem que buscar um equilíbrio. Não gosto de equipes que não tomam gol, mas também não fazem. Assim como se você está fazendo muitos e tomando muitos, também está desequilibrado. Eu acho importante você achar um sistema de jogo que possibilite uma equipe segura, que sabe aquilo que está fazendo dentro de campo, sem perder o ímpeto de fazer gols. O futebol é feito por gol. O objetivo principal é você balançar a rede. Então, não pode perder de forma alguma essa ganância de ganhar a partida. Mas tem que saber também que, do outro lado, tem um oponente que também pode ser muito perigoso a partir do momento que você dê chance a ele.
 
Você já tinha trabalhado com alguém do atual grupo atleticano ou só enfrentado? 

Não. Só enfrentado. A gente tem amizade com a maioria deles de jogos. Na equipe técnica, também tem muita gente que nós já conhecíamos. O futebol, hoje, está muito globalizado. Mas muito mais importante do que isso é que os atletas entendam uma nova filosofia. Não estamos aqui para mudar radicalmente o clube. Mas é importante mudar aquilo que não vem dando certo. É para isso que o Atlético foi atrás de mim. Na verdade, o que a diretoria quer é um cara que chegue e que resolva o problema que está sendo enfrentado. Para isso, a gente precisa de todo mundo que faz o Atlético e principalmente da voz do atleta, para saber o que ele está sentindo. A partir disso, a gente altera como deve ser feito.
 
Para resolver o problema, seriam necessários reforços? Teve uma conversa nesse sentido?
 
Nós já tocamos nesse assunto. Hoje (sábado), a gente não teve tempo específico para falar sobre isso, mas já abordamos. Já existe também alguma coisa delineada que, com o tempo, a gente vai buscar. Não gosto de falar muito sobre isso e gerar muita expectativa. Primeiro, a gente tem que analisar o time que nós temos, a capacidade de cada atleta. Às vezes, a gente tem a solução dentro da nossa casa. Então, vamos com calma. Acho o mais importante, hoje, arrumar primeiro para que, depois, possa analisar peça por peça.
 
Nos últimos trabalhos, como Cruzeiro e Sport, você lutou mais contra o rebaixamento do que por títulos. O Atlético também vem, nos últimos Brasileirões, brigando mais na parte de baixo da tabela. Você acha que pode dar uma química e tanto você quanto o Atlético darem a volta por cima este ano?

Olha, no Guarani, eu fiquei o ano inteiro, e a equipe estava muito bem até que começaram a ter atrasos de salário. Você segura o grupo até certo ponto. Chega uma hora em que não tem como. Nossa equipe, a oito rodadas do fim, acabou caindo. Era nono lugar e acabou caindo. No Sport, eu acabei chegando com o time em transformação e fiquei poucos jogos. No Cruzeiro, já fui com uma equipe que não estava acostumada a brigar lá em baixo, em uma situação de emergência, e nós conseguimos, a muito custo, sair (do Z-4). Então, essa experiência do Cruzeiro foi muito importante na minha carreira porque ela me deu uma dimensão de um grande lutando lá em baixo, que é o caso do Atlético. A gente tem que entender que, hoje, nós estamos no começo do campeonato, mas você tem que se situar bem ao longo de todo o ano. Você tem que saber de qual bloco você quer fazer parte. Pelo que eu senti aqui hoje, todo mundo quer estar no bloco de cima. Então, você tem que usar do trabalho, da força individual de cada um para que a gente possa remar junto.
 
No site, em uma enquete, 75% foram contra a tua vinda. Essa desconfiança da torcida aumenta a pressão? 

Não, isso serve para o torcedor. Isso não serve para a gente. A gente tem que estar concentrado no trabalho. Até pouco tempo atrás, se você fizesse uma enquete sobre a Seleção brasileira, também a Espanha seria a seleção com maior chance. Esse tipo de coisa, as redes sociais, a gente tem que respeitar, mas estou aqui para trabalhar, não para olhar para estatística, percentual de pesquisa. Estou aqui para fazer um bom trabalho e, aí sim, buscar os resultados.
 
Sobre a formação tática, você costuma usar o 4-4-2 mesmo ou prefere algum outro esquema?
 
Eu costumo utilizar mais o 4-5-1. Depende muito da característica de cada jogador. Em alguns momentos, é óbvio, você tem que ter uma alteração de sistema. Com calma, a gente vai ver o Atlético. Não adianta você ter um sistema que você gosta de usar se o atleta não gosta do sistema. Então, tudo tem que encaixar.
 
No Santos, você teve um problema com o Ocimar Bolicenho, então gerente de futebol do clube. Era por interefência direta no teu trabalho, por interferência no vestiário?
 
Com o Ocimar, eu tive um desentedimento por questão administrativa, que já foi superada, mas nada voltado à escalação de equipe. Eu jamais, em todas as equipes que passei, tive interferência de diretor nesse sentido.
 
Aqui no Atlético, tem o Lopes, por exemplo, que era técnico há pouco tempo e agora é diretor de futebol. Como vai ser a tua relação com ele? Vai conversar para pegar algumas dicas?
 
A partir do momento que você tem um ambiente saudável... O Lopes tem uma experiência magnífica, que vive do futebol há muito tempo. Então, tem muita coisa a passar, assim como o Alberto (Valentim), assim como os atletas. A gente tem que escutar. É por isso que nós temos duas orelhas. Tem que escutar mais do que falar. Então, esse é o momento. Você está chegando ao clube e tem que se abrir para saber tudo o que as pessoas que estão lá podem nos passar.
 
Fonte: entrevista do grande Fernando Freire
 
Gostei dessa parte: a gente tem que escutar. É por isso que nós temos duas orelhas. Tem que escutar mais do que falar.
 
É isso aí !!! Mancini, tenta ensinar isso pro Petraglia !!! Melhor não né ? Deixa quieto !!! Mas ele tá certo, tem de escutar !!! Sorte pra você Mancini, que Deus te abençoe e illumine !!!
 Terá trabalho !!!

Saudações rubro-negras !!! E que Deus abençoe a todos !!! 

Leonardo Garcia Dias
E-mail: leogardias@atleticoparanaense.com
 


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